
10 de mar. de 2020
Na última edição da ABM Week, realizada em São Paulo, a RHAMATECH apresentou trabalho com o título «Desafio nas medições de níveis baixos de emissão de material particulado na indústria siderúrgica».
Na última edição da ABM Week, realizada em São Paulo, a RHAMATECH apresentou trabalho com o título «Desafio nas medições de níveis baixos de emissão de material particulado na indústria siderúrgica».Esse trabalho foi preparado pelos Engenheiros Ivan Jankov e Henrique José Rodstein da RHAMATECH e Eng. Gabriel Alcorofado da ArcelorMittal Tubarão.Os limites de emissão de material particulado na indústria siderúrgica são definidos por legislação ambiental, normas das agências reguladoras e/ou por políticas ambientas da própria empresa, podendo chegar até 5 mg/Nm3. A implementação de equipamentos de despoeiramento para atender aos limites de emissão sempre é acompanhada de testes de performance, baseados em medições do tipo gravimétrico nas condições isocinéticas, que são utilizados para demonstrar o cumprimento das especificações do projeto, bem como para parametrização de sistemas de monitoramento contínuo. As medições são baseadas em procedimentos definidos nas décadas de 1970 a 1990, e apresentavam resultados questionáveis para níveis baixos de emissão de material particulado e, em consequência, na EU e nos EUA foram editadas recentemente metodologias específicas para este caso.Mesmo considerando que a execução de testes gravimétricos seja um procedimento bastante comum, quando da medição de baixos níveis de emissão de particulado, cuidados especiais são necessários para que as incertezas não invalidem o resultado, pois em alguns casos a reprodutibilidade chegou a atingir aproximadamente 50% do valor medido. O objetivo do trabalho é analisar os principais fatores que influenciam a repetibilidade de medição e, baseado nas experiências reais, apresentar as práticas que precisam ser implementadas para aumentar a confiabilidade dos resultados.No Brasil, a execução de testes gravimétricos é um procedimento bastante comum para emissões acima de 20 mg/Nm3. Entretanto, para os casos das medições de baixos níveis de emissão de particulado (< 10 mg/Nm3), cuidados especiais são necessários para que as incertezas não invalidem os resultados. Seguem abaixo as nossas recomendações baseando-se na análise comparativa entre as normas “tradicionais” e as normas EN 13284 e USEPA Método 5i, bem como nas nossas experiências práticas:
Furos para inserção da sonda na chaminé/duto devem ser com diâmetro de 5″ a 6″.Na sonda, recomenda-se o uso de boquilha de 8 mm; a capacidade da bomba de vácuo precisa ser escolhida adequadamente.
Depois da inserção da sonda deve-se aguardar um certo tempo para termos a certeza da sonda estar na mesma temperatura dos gases.Recomenda-se o uso de filtro integrado na sonda (dentro da chaminé/duto).
Devem ser usados os filtros tipo Disco (PETRI) a fibra de quartzo com 47 mm ou fibra de vidro com PTFE.
Recomendamos um período mínimo de 4 horas para a coleta.
Objetivando sempre manter a condição isocinética da amostragem, recomendamos que seja utilizado um equipamento semiautomático ou automático para controlar a pressão de sucção da bomba.
Os parâmetros processuais (inclusive o “mapeamento de velocidades na chaminé/duto) devem ser medidos no início e no final de cada dia de coleta e não apenas uma vez no início de bateria de testes.